Os fogos anunciam a chegada de um ano novo! É hora de refazer seus sonhos ainda não realizados e acreditar que irá concretizá-los. Soltar um olhar solidário e acalantador para os seus amigos e bocejar para os inimigos. Aprender com os erros do ano já ido e brindar o ano bem vindo com um sorriso. Correr ao encontro daquele amor ainda não perdido ou surpreender mais uma vez o amor já conquistado. Desejo a você um ano repleto de luz, amor, saúde e prosperidade.(Autor: Não mencionado)Carlos Luiz Grilo Almeida
Florbela Espanca
Se o nosso sonho foi tão alto e forte
Que bem pensara vê-lo até à morte
Deslumbrar-me de luz o coração!
Esquecer! Para quê?... Ah! como é vão!
Que tudo isso, Amor, nos não importe.
Se ele deixou beleza que conforte
Deve-nos ser sagrado como o pão!
Quantas vezes, Amor, já te esqueci,
Para mais doidamente me lembrar,
Mais doidamente me lembrar de ti!
E quem dera que fosse sempre assim:
Quanto menos quisesse recordar
Mais a saudade andasse presa a mim!
Sim, hoje eu vivi um sábado mágico. Apesar do atraso, um almoço especial e um papo legal com Marcos Riby. Em seguida, embora eu tenha prometido não iniciar o próximo ano desprovido de “grana”, usei o “santo” cartão, mas comprei tudo de que precisava. De repente, indo ver Carolina Isis e os demais amigos de Riby, encontrei minhas pedras valiosas Bruna Xavier e Diorges Figueredo, com quem saí depois e que me fizeram conhecer pessoas super bacanas. Sim, hoje foi um sábado abençoado e a decoração da Praça da Liberdade não poderia estar mais iluminada se não fossem essas pessoas que trouxeram a felicidade pro meu coração. #durmofeliz
~ MASSAFERA, Lucas.
"Mas eu ateei fogo à chuva,
E fiquei vendo ela cair enquanto eu tocava seu rosto,
Bem, ela queimava enquanto eu chorava,
Porque eu a ouvi gritando seu nome, seu nome!"
E fiquei vendo ela cair enquanto eu tocava seu rosto,
Bem, ela queimava enquanto eu chorava,
Porque eu a ouvi gritando seu nome, seu nome!"
~ ADELE.
( Dedico a Lucas Massafera ) - Por Riby
Minhas mãos e os meus olhos possuem ALMA. Acredito eu. Se eu não mais os tenho, não escrevo o que pretendo e muito menos leio o que quero. Alma para me expressar com caneta e papel e Alma para ler escritos espetaculares. #blog !
MASSAFERA, Lucas.
Nunca estive tão certo do que realmente quero, sinto e posso! Ler, escrever, escrever e ler. Literatura...Hei de alcançar os meus simples e belos ideiais por meio desta!
"Mas eu bem compreendo e sei que às vezes não se tem o que escrever mesmo quando se tem o que falar." ~ Minha atual Lispector
Eu não li tanto assim, meu conhecimento sobre outras literaturas é NADA vasto. Minha cultura pode ser sim, assemelhada a um grão de mostarda. Nem todas as boas músicas eu conheço ou mesmo possuo um contato aprofundado. Não sei o significado e nem mesmo a semântica de muitas palavras. Minha capacidade cognitiva pode não ser relevante e minhas experiências limitam-se a estrutura pobre e inferior do meu bairro, da minha cidade, do meu estado. Meu pai é um escritor, porém, não domino tal literatura. E, sendo assim, apesar de tudo, enfeitando ou não, tenho escritos no meu quarto. Escritos nos papéis, digitados, de várias formas. Escritos que, por vontade, talvez, podem sair daqui e caírem em olhos que não sejam os meus. Em olhos de quem não conheço e muitos, mas muitos olhos. Posso ser ousado em colocar isso aqui e assim o farei. Sou um grande escritor no meu mundo. Escrevo porque isso me eleva ou me corrói. Depende de muita coisa. Mas, em todo o caso, escrever faz a diferença na minha trajetória. E pra falar a verdade, tem feito muita diferença nos últimos dias.
Lucas Teles, às 03:59 de 09 de dezembro de 2011
V
IV
II
I
HOJE
Hoje me levantei da cama diferente. Hoje eu não quis deixar a ansiedade dominar a minha mente e nem a dor da rotina dominar o meu corpo. Hoje simplesmente acordei, tomei o meu banho e, em seguida, o meu café sentado na cadeira ouvindo músicas insignificantes.
Hoje eu caminhei sobre a minha rua e fui ao ponto do ônibus sem me importar muito se este chegaria rápido ou não. E, sendo assim, este chegou quando peguei a passagem. Quase que automático.
Dentro do coletivo eu também não quis pensar muito nas coisas que estão ou não estão por vir. O mês de dezembro por si só já tem trazido coisas diferentes sabe? Acho que tudo vai acontecer em seu devido tempo e não vejo necessidade em me modificar por conta disso.
Hoje recebi mensagens no celular de pessoas que há meses não vejo e que possuem um valor imensurável no meu caminho. Hoje, também, li comentários ridículos e cretinos de gente que gosta demasiadamente do futebol e que colocaram nas redes sociais piadinhas de time. Isso me trás uma ira profunda e tenho anseio em comentar tudo com muita ironia. Mas nem a ironia chegou ao meu peito hoje.
Hoje tem sido um dia qualquer sim, qualquer porque não tem sido bom e nem mesmo ruim. Tem sido um dia apenas. Um acelerar de horas que está passando, que me levará aos lugares cotidianos e que posteriormente me levará ao meu repouso de sempre. A minha aconchegante cama.
Hoje quero ler no fim do dia, o livro de Clarice. Quero fazer o que devo fazer e depois, agradecer. Hoje quero tentar esquecer essa obrigação de viver e simplesmente viver NATURALMENTE!
E você? O que fez e o que tem pra hoje?
O lamento indígena.
Havia felicidade, havia alegria
Todo dia era dia
Caça, pesca e colheita
Havia música tambores e dança.
Éramos livres na terra de ninguém
Éramos felizes pois a terra era de ninguém.
Mas aí sem ninguém perceber
A liberdade se foi
A vida se acabou
A terra sem dono com dono ficou
E em terra de dono branco a infelicidade indígena se instalou
Nos perseguiu, nos feriu, nos refletiu um mundo doente
Um mundo carente, um mundo pobre injusto e imundo.
Na terra de ninguém a natureza era vívida
Na terra de alguém homem branco a tudo poluiu
A tudo destruiu
A tudo poluiu
A tudo desconstruiu.
Insatisfeito com a falta de propriedade capitalizou
Num mundo cheio de liberdade escravizou
E onde morava a paz guerreou e matou e matou.
INVIDIA
É importante que saibamos quem são os nossos verdadeiros amigos e é essencial que escutemos os bons conselhos antes que a maldade possa acontecer. De qualquer forma, enquanto vamos aprendendo com o ato de viver os espíritos de Deus entram em confronto com os espíritos diabólicos e sempre que ocorrem situações adversas à amizade, uma guerra é estabelecida. Alguns confrontos podem até resultar na felicidade dos maus espíritos, mas os de Deus, estes, SEMPRE vencem a batalha.
A inveja que bate, é a mesma que retorna e que dilacera quem a mantém viva.
Lucas Teles, às 16h28min do dia 29 de novembro de 2011.
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não para...
Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara...
Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...
O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...
Será que é tempo
Que lhe falta para perceber?
Será que temos esse tempo
Para perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para
A vida não para não...
Será que é tempo
Que lhe falta para perceber?
Será que temos esse tempo
Para perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para
A vida não para...
A vida não para...
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não para...
Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara...
Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...
O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...
Será que é tempo
Que lhe falta para perceber?
Será que temos esse tempo
Para perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para
A vida não para não...
Será que é tempo
Que lhe falta para perceber?
Será que temos esse tempo
Para perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para
A vida não para...
A vida não para...
Palavras, cachoeira, montanha.
Gusta, Lucas e Paty eram amigos inseparáveis. Cada um enriquecia a amizade tripla à sua maneira. Gusta, o mais calmo dos três, sempre tornava as situações mais pacíficas com suas palavras positivas. Paty, por sua doçura mesclada à coragem, sempre falava o que sentia e ajudava os seus amigos a serem mais ativos em algumas situações. Lucas, por sua preocupação excessiva, tornava-se o mais responsável e contribuía muito com a sua forma de organização.
Porém, apesar das qualidades que tinham os três unidos nesta caminhada, seus defeitos um dia foram tão valiosos, que tornaram parte da caminhada menos densa, menos triste e mais feliz.
Um dia, tomados pelo desejo em subir uma montanha bonita e muito conhecida da cidade, seguiram juntos e felizes cheios de expectativa. Lá eles fariam um sarau e iriam aproveitar o momento para buscarem frutas no pé. E nesta trajetória, os três se depararam com acontecimentos variados...
Cansados de andar e pela força acentuada do sol, Paty deixou escapar algumas gotículas de lágrima. Seu choro silencioso despertou a atenção de Gusta.
- Paty? O que houve?
A caminhada cessou e Paty não conseguiu conter a sua dor. Dentro dela, estava escondido um anseio em parar de caminhar pelo cansaço. Lucas sem saber como lhe dar com aquela dificuldade, resolveu observar a atitude de Gusta que, disposto, disse:
- Paty, olhe aquela montanha! É lá que devemos parar de caminhar. Vença o cansaço e verás como é bom resistir. Estaremos unidos lendo, cantando e buscando a paz das árvores mais bonitas que lá existem. Desistir? Não Paty. O seu coração não quer que isso aconteça.
Gusta abraçou e sinalizou para Lucas simultaneamente. O abraço em trio foi caloroso o bastante para anular as lágrimas que caíam do rosto de Paty.
- Obrigada Gusta!
Ambos continuaram notando o entusiasmo dos pássaros. No meio do caminho... não, não era pedra, mas um som. Um som mais forte que o canto dos pássaros. Somente Paty conseguia ouvir com clareza e possuía dentro de si uma curiosidade gigantesca em saber o que era. Eufórica, Paty disse:
- Vamos! Este som vem dali!
Gusta e Lucas não foram receptivos com a idéia e em uníssono afirmaram que aquilo era mais uma maluquice de Paty. Infelizmente entregaram-se quando perceberam que a amiga ficou cabisbaixa.
Seguiram o som e mal acreditaram no que viram. Naquele calor forte e com a sede incomodando, poderiam se deliciar com as águas cristalinas de uma maravilhosa cachoeira. Beberam, brincaram e tomaram um banho na cachoeira para renovação das energias.
Enfim, seguiram o trajeto agora mais próximo da montanha. Lucas, enrugando a testa em sinal de espanto, observou que havia dois caminhos que estavam totalmente opostos. Paty e Gusta logo opinaram pelo caminho curto que dava a total impressão de estar associado ao destino proposto. Mas o desespero de Lucas fez com que o trio percorresse o caminho mais longo.
- Pessoal aquele caminho estava estranho. Não tinha sombra fresca, não tinha flores. Aqui podemos caminhar mais tranquilamente.
Os outros amigos contentaram-se com o argumento e, instantaneamente perceberam que aquele era o caminho coerente, pois introduzia a beleza imensurável da montanha.
Os três chegaram ao destino absortos de felicidade e passaram o fim da tarde recitando poemas, descobrindo novas belezas, cantando e conversando sobre o que haviam passado.
A noite chegou e ali resolveram ficar. Combinaram de refletir sobre suas dificuldades, sobre os seus desafios e passariam o fim daquele dia admirando a orquestra isenta de sons das estrelas e a lua.
As palavras excessivamente positivas de Gusta que poderiam ser consideradas hipócritas, no início deram forças a um outro amigo que teve o desejo de desistir da caminhada. A possível irresponsabilidade de Paty fez com que todos encontrassem uma cachoeira em um instante muito propício. E o desespero de Lucas, bom, este fez com que chegassem à montanha mais felizes e preparados. Sem a palavra de Gusta, Paty teria ficado e até seus dois amigos poderiam ter desistido de tudo. Sem a maluquice de Paty, poderiam ter passado mal pelo excesso de sol e a falta de água. Sem a ansiedade e desespero de Lucas, cairiam em um vale desmatado por uma antiga mineração e estariam, ao contrário do que Gusta e Paty imaginaram, distantes da montanha.
A amizade é assim, é a união das qualidades e o tempero dos defeitos. Isso é o que nos fortalece. Isso é o que nos faz descobrir mais um do outro e penetrar mais no coração um do outro. Essa é a nossa amizade que, apesar dos buracos, constitui uma bela e perfumada página de nossas vidas. A nossa amizade conecta as nossas histórias antes separadas pelo tempo.
Eu, bom, eu amo vocês!
Lucas Teles, 23 de novembro de 2011 às 01h18min.
Eu sempre levo os meus escritos ao programa de digitação do computador e lá fico observado-o para trocar argumentos ou mesmo fazer pequenas alterações. Acontece que hoje senti-me infiel com o "SEMENTE DO QUE AINDA VIRÁ"! Eu nunca coloquei algo aqui DIRETAMENTE.
Então, digamos que direto do meu coração, eu quero confessar que estou triste, que estou sufocado, que estou cansado de mim mesmo. Quero dizer que por trás do meu silêncio existem sentimentos ruins que estão me dilacerando. Por exemplo, a mágoa. Tá difícil pra mim esquecer certas coisas ou superá-las.
O meu olhar grita para todo o universo que não estou bem mas as minhas atitudes camuflam isso. E eu vou tentando levar com demasiada ansiedade que, sinceramente, tem me prejudicado. Me confundido bastante.
Estou meio perdido com relação as minhas ideias, ao que sinto, ao que quero... a única coisa que tenho mentalizado muito é a chegada do mês de maio. Neste período, provavelmente parte de minhas infelicidades irão cessar.
Ou não, ou tudo irá piorar porque minha vida tá meio que de cabeça pra baixo. Tenho sentido uma necessidade em mudar certas coisas mas só o que alcanço é ficar parado. Sem me mover e assim, entristeço-me ainda mais. Meus últimos textos foram tão pesados. Uns com críticas amargas enquanto outros seguiam os passos de sentimentos fúnebres. Eu não consigo reparar as coisas belas e achá-las mais especiais que as minhas pequenas, médias e grandes tristezas.
Meus medos estão tomando formas maiores e cada vez mais assombrosas. Aí encontro-me em um estado que além de me comprometer, faz-me ser o que não sou. Algumas pessoas hoje longe, intensificam essa sombra ruim e o meu interior se desmancha em lágrimas. Ah mas eu gostaria muito de escrever coisas diferentes das quais aqui inseri. Eu gostaria de me expressar de outra forma. Usar de outras palavras para evidenciar minha atual sensação. O fato é que isso não está ao meu alcance. E a não outros instrumentos que não sejam um teclado ou um lápis com papel, vou ser o mesmo Lucas triste, cansado, ansioso, o Lucas que oscila, que às vezes se surpreende mas que, na maioria e nas últimas vezes, tem sido irresponsável consigo mesmo.
É isso "SEMENTE DO QUE AINDA VIRÁ", aqui está um pedaço de mim, diretamente e especialmente para você. Se identificaram PARTIDÁRIOS ESPECIAIS?
Lucas, às 16:23 do dia 22 de novembro de 2011 com uma chove muito, mas muito forte.
Diversos críticos com capacidade cognitiva elevada expandem seus posicionamentos sobre a qualidade das instituições superiores privadas do país. Desde o sistema de vestibular das faculdades até a metodologia de ensino das mesmas, estes posicionamentos são, na maioria das vezes, recheados de ironia, sarcasmo e descaso se comparados a posicionamentos referentes a instituições públicas de ensino.
Há de se considerar que dentro dessas formas de expressão, estão escondidas diversas contradições. Para que parte de um sistema seja criticado com tanto argumento, penso ser importante mexer em tudo, sem deixar lacunas para trás.
A opção de muitos estudantes brasileiros pelas universidades privadas, não são pautadas por completo por “simples escolhas”, “status” ou outra coisa qualquer. São escolhidas pela falta de oportunidade construída em detrimento da escassez de estrutura nos ensinos fundamental e médio, e o ciclo fechado de alunos com alto poder aquisitivo que entram facilmente nas universidades públicas, ocupando vagas daqueles que realmente precisam.
Depois de anos tendo por base um ensino particular com cursos de línguas, vários esportes, e outros benefícios, é quase que obrigação de um estudante do ensino privado ser aprovado em uma universidade pública, geralmente a mais desejada de todas com uma concorrência demasiada alta e difícil de ser enfrentada. Em certos cursos de graduação, ser aprovado torna-se quase que ganhar na loteria tamanha são as exigências de seleção. Em contrapartida, considerando a importância do ensino público pelo governo e seu contexto histórico, é fácil notar a falta de verbas, a falta de um corpo docente capacitado, a falta de estrutura física, a falta de simplesmente um olhar diferenciado que possa acreditar nas pessoas com baixa condição financeira e propiciar a essas pessoas, oportunidades tão elevadas no ensino superior quanto para estudantes oriundos de escolas particulares renomadas. Vale ressaltar que este “olhar” poderia evitar a criação de programas que incitam a discussão calorosa e suas polêmicas nada fáceis.
O que pretendo aqui dizer, é que não adianta somente criticar faculdades particulares sem perceber os verdadeiros motivos, muitas pessoas que nelas são matriculadas, trabalham arduamente para quitarem as altas mensalidades e tem como trajetória um ensino completamente deficiente se comparado ao modelo particular. Sem desconsiderar a capacidade de alunos que estudaram em escolas particulares, a elite preenche grande parte das universidades públicas, o que, certamente, contribui para a ascensão dos nomes das universidades no mercado de trabalho, enfim, para todo o Brasil.
É hipocrisia questionar a qualidade das faculdades particulares ridicularizando direta ou indiretamente seus estudantes, se o sistema educacional no país tem raízes amargas. Não é uma questão de restringir vagas a pessoas que passaram pelo ensino público, não é uma questão de mexer na estrutura dos vestibulares com programas que ajudam na aprovação. Não é questão de proibir a entrada dos ricos nessas instituições ou outras medidas quaisquer na tentativa de camuflar os problemas. Faz-se necessário igualar este ensino porque sabemos, ah como sabemos que a inteligência não é algo exclusivo para aqueles que tiverem acesso fácil a tudo. A inteligência apesar de todos os problemas supracitados, pode ser encontrada em mentes brilhantes que nunca puderam praticar línguas em uma escola importante, que nunca praticaram esportes diferenciados enfim, pode ser descoberta em pessoas que enfrentaram vários obstáculos para concorrerem em pé de igualdade com aqueles que sempre foram contemplados por boas e rebuscadas oportunidades.
Não é lei que universidades particulares sejam ruins enquanto as públicas serão sempre as melhores, é na verdade um paradoxo completamente evidente e injusto que deixa claro:
As pessoas saem de um ensino público caótico nos níveis fundamental e médio e precisam se ingressar em escolas preparatórias para conquistarem uma vaga no ensino público superior que, por incrível que pareça, também é público. Aí as coisas se invertem. A escola pública ruim e sem assistências, e a universidade pública repleta de atrativos, mas limitada a uma parte da sociedade que nem é necessário descreve-la aqui enquanto condição socioeconômica.
Sugiro que essas competições mesquinhas e desagradáveis entre melhores e piores, possam ser substituídas por uma unificação de ensino que impulsione em qualidade eficaz e na posição mais sugestiva do país “Brasil” no quesito Educação perante todo o mundo.
Lucas Teles, 20 de novembro de 2011, às 20h33min.
Nada Será Como Antes
Milton Nascimento
Eu já estou com o pé nessa estrada
Qualquer dia a gente se vê
Sei que nada será como antes, amanhã
Que notícias me dão dos amigos?
Que notícias me dão de você?
Alvoroço em meu coração
Amanhã ou depois de amanhã
Resistindo na boca da noite um gosto de sol
Num domingo qualquer, qualquer hora
Ventania em qualquer direção
Sei que nada será como antes amanhã
Que notícias me dão dos amigos?
Que notícias me dão de você?
Sei que nada será como está
Amanhã ou depois de amanhã
Resistindo na boca da noite um gosto de sol
Qualquer dia a gente se vê
Sei que nada será como antes, amanhã
Que notícias me dão dos amigos?
Que notícias me dão de você?
Alvoroço em meu coração
Amanhã ou depois de amanhã
Resistindo na boca da noite um gosto de sol
Num domingo qualquer, qualquer hora
Ventania em qualquer direção
Sei que nada será como antes amanhã
Que notícias me dão dos amigos?
Que notícias me dão de você?
Sei que nada será como está
Amanhã ou depois de amanhã
Resistindo na boca da noite um gosto de sol
Uma amizade e o seu FIM
Estou tentando calcular aqui na minha mente confusa onde foi que errei, onde foi que erramos, onde mais ou menos tudo se perdeu. Estou tentando respirar como antes, mas esse tempo que não passa faz meu coração bater lentamente, como se a cada segundo eu deixasse de viver. Viver bem. Eu gostaria de poder sentir o calor daqueles contagiantes olhares, eu gostaria de sentir no peito aquela tremenda felicidade quando eu via, mas só o que sinto é desamor. Não sei explicar, como eu disse, não sei especificar, mas muito mudou.
Nossos escritos hoje tão distantes são lidos sem qualquer interesse. São ouvidos sem qualquer esperança. Nada está funcionando como antes. Nossas palavras trocadas tomam forças contrárias e tornam-se cruéis. Nossos semblantes antes carregados de sinceridade hoje escondem nossas boas intenções. Se é que temos um para o outro, boas intenções.
Tudo mexe comigo e cada segundo deixado me faz perceber facilmente essas mudanças. Mudanças que não perdem força e me fazem adormecer insatisfeito e sempre em meio aos pesadelos. Fui mudando de atitudes com o tempo, fui notando o quanto a frieza tomou conta do meu ser e não consigo me livrar disso. Pensei em poder falar, mas isso já foi feito por tantos momentos que hoje entendo, não resolveria. Eu poderia tentar inverter as coisas, afinal, fiz isso uma vez e deu certo... Mas impossível. Seria muito complicado, muito difícil de sobreviver até o final. Causaria um transtorno maior.
Acho que um tempo distantes poderia resumir essa situação, poderia decifrá-la já que os nossos corações não conseguem desvendá-la. Talvez um tempo permanente em que pudéssemos afirmar para nós mesmos que NUNCA existimos um para o outro. Que nada aconteceu que pudesse nos unir um dia. Que não tivemos essa intimidade que hoje só resultou nessa profunda mágoa e infelicidade. Já ouvi falar que amizades são diamantes que não se quebram, já mencionei baseado nesta frase, que realmente não quebram, porém... Perdem o brilho. Isso perdeu o brilho, perdeu a harmonia, perdeu a confiança, perdeu muita, muita coisa legal que antes deixava toda estrutura bela, perfeita e pacífica. Temos tido conflitos interiores. Nossos espíritos descobriram que não se amam que não se entendem que não se desejam. Os nossos corpos é que hoje pensam que tudo pode dar certo.
Ouvi sua voz chamar pelo meu nome, ouvi o seu coração se perguntar ou se manifestar aflito e nervoso sobre essas minhas atitudes, contudo, infelizmente, nada posso fazer. Sei que tudo será ainda mais complexo, e essa bola de neve crescer até o último instante. Eu não quero mais mentir pra mim mesmo. Se não for para ser como antes, que não seja.
Foi bom imaginar que tudo poderia ter sido uma amizade sem FIM!
Lucas Teles, às 13h31min do dia 18/11/2011
Tudo tem significado
O seu esforço para viver e trabalhar, suas
dificuldades, têm um alto significado.
Nada é feito sem finalidade, sem valor.
Cada pensamento, cada palavra, cada ato,
representa algo para o seu destino final.
E a cada passo com amor você cresce,
aperfeiçoa-se, sublima-se.
Por isso, a luta redime.
Você supera resistências.
O destino final de todos é a infinita felicidade
e a perfeita comunhão com Deus.
Por Lourival Lopes
A sociedade criou um modelo de felicidade que hoje me assusta. A personalidade que devo ter, a aparência que devo manter aquilo que devo valorizar e as situações que necessito me envolver. Cada padrão dessa sociedade me assombra hoje porque a minha mente está meio cansada, exausta, estressada de tantos desgostos. Os meus olhos hoje se fecham para certas pessoas que apontam seus dedos contra mim e estabelecem suas regras. O meu coração se contrai quando de repente vê um falso amor que tentando me enfeitiçar, me deixa em maus lençóis depois de tudo. A minha própria vida clama por algo que seja diferente dessa realidade impregnada. A realidade dessa sociedade que valoriza bens materiais ao invés do que sentimos a sociedade que mata que furta e que se prende na alienação sem fim das emissoras de TV e caminhos obscuros da internet...
Hoje tentei escrever, me expressar de alguma forma. Mas só o que consegui foi espalhar de forma confusa pedaços de mim por este BLOG.
Comemoração do aniversário de Léo Paes.
MENTORES IRRACIONAIS
Sou o mentor
de todas as atividades humanas que não contribuem para uma elevada capacidade
de raciocínio. Sou aquele que dedico 70% do meu dia às redes sociais e as
demais armadilhas da INTERNET, sou aquele que às vezes, olhando silencioso para
os livros e plenamente ciente de que eles são essenciais para mim, viro às
costas e me afundo nas más dicas da televisão brasileira. Integro-me sem
resistência alguma a programações variadas nos finais de semana e deixo de
ouvir canções culturais que poderiam me deixar CALMO, poderiam me deixar mais
leve e até inteligente. Sou mesmo o mentor da preguiça e a estruturo na minha
caminhada a cada atitude que não consigo tomar. Não obstante, fecho-me a ciclos
perdidos de amizade e prejudico-me excessivamente restando apenas um mergulho
no insucesso. Sou aquele que tapa os ouvidos para aquelas peças teatrais
capazes de arrepiar qualquer ser humano sensível e que opta por andar a noite
em turmas gigantescas na busca de papos vazios em uma mesa de bar. Faço essas
confissões sabendo que por trás dessa minha personalidade hoje fraca, burra e
fechada existem milhões de seres como eu ou ainda pior. Mentores do não
raciocínio... Da preguiça... Da falta de leitura, da falta de músicas
agradáveis e com letras mais consistentes, da falta de freqüentar lugares mais
acessíveis e provocadores.
Abstenho-me
de qualquer elogio que possa aumentar a minha cegueira frente a essa situação
hoje instalada... Impregnada. Sou o mentor de todas essas atividades humanas
que não colaboram para a inteligência porque prefiro mexer no celular ao invés
de ouvir alguém, porque sempre que me perguntam – Leu sobre isso? Leu sobre
aquilo? Simplesmente escondo-me por camuflagens ridículas e invento qualquer
desculpa esfarrapada para me livrar, me livrar!
Eu sou mais
um robô dessa sociedade que perdeu o jeito pra muitas coisas. O analfabeto que
sabe ler, o músico que não sabe cantar e tampouco identificar certas melodias e
tons, o incapaz de sentir sentindo lá no fundo do peito o quão esse medo pode
DERRUBAR. O mentor de falsos ideais hoje quer confessar esses absurdos que só
despedaçam a capacidade do raciocínio.
Mas ao
observar minuciosamente cada atitude adversa à inteligência, não estou sendo,
eu, um grande questionador? Certamente sim, pois resolvi pensar mais sobre as
minhas atitudes sem fundamentos e vontades nulas. Então me questionando posso
sair aos poucos dessa parte da sociedade que se entrega a hipócrita ambição de
meramente viver! Viver vivendo infeliz, sem posicionamentos críticos, sem
sonhos e sem raciocínio!
Lucas Teles, às 15h44min do dia 08 de
novembro de 2011.
Todos os Belo Horizontinos precisam conhecer este lugar. O Café com Letras!
"Não me esquecerei daquele final de tarde aconchegante e cheinho de palavras bonitas e olhares singelos. Essa tarde foi estendida até o princípio de uma noite chuvosa e então, foi um momento intenso o suficiente para tornar-se INESQUECÍVEL."
Abaixo a localização detalhada. Visitem e apreciem essa essência literária.
VÍCIOS
Já fui viciada em palavras
E as palavras me impediam de sentir.
Já fui viciada em sentir
E sofria por coisas pequenas.
Já fui viciada em sofrer
E a auto-piedade me impedia de enxergar os outros
Já fui viciada em pessoas
E as pessoas me impediam de ser eu
Já fui viciada em mim mesma
E era chamada de egocêntrica por não pensar no mundo
Já fui viciada em mundo
E o conhecimento me privava da inocência
Já fui viciada em inocência
E esta me escondia a verdade
Já fui viciada em verdade
E buscando o sentido de tudo, me esquecia de
simplesmente viver.
Hoje sou viciada em vida
E acho que ainda morro disso!
De Todos os Hinos
De todos os hinos
Entoados em louvor às revoluções
Nos campos de batalhas,
Nenhum, por mais belo que seja
Tem a força das canções de ninar
Cantada no colo das mães.
De todos os hinos
Entoados em louvor às revoluções
Nos campos de batalhas,
Nenhum, por mais belo que seja
Tem a força das canções de ninar
Cantada no colo das mães.
Conhecendo novos escritos. Sérgio Vaz e suas encantadoras palavras.
Disponível em <http://musicapoesiabrasileira.blogspot.com/2008/04/srgio-vaz-o-poeta-da-periferia.html>
Os meus escritos
Em minha família, alguns primos dominam as paletas das baterias e expressam suas sensações em melodias ensurdecedoras e contagiosas. Há também uma prima que, às vezes delicada se dedica totalmente à arte de tocar teclado. Suas notas acompanham a sua própria voz que, além do instrumento, dá riqueza à canção.
Outros, ainda mais ousados, manobram os cordões de suas guitarras e provocam corpos distintos a sentirem a mesma sintonia, e não posso deixar de mencionar a aptidão musical de minha irmã que, simplesmente sozinha, sempre tocou e toca seu violão e também guitarra de maneira singular e especial. Cada um demonstra seu talento e estes destaques na família são então privilegiados. São perceptíveis. Todos capturam o teclado de Laysla, as batidas de David e Carlinhos, as referências no rock ao som da guitarra de Rafael e Wilkerson, todos sentem os leves toques de Clarissa em seu violão negro e demasiadamente belo.
Mas e os meus escritos? A minha voz cessou e o verbo cantar já não faz parte da minha rotina, não tenho o domínio em nenhum dos instrumentos citados e já me senti incapaz por isso. Mas os meus escritos, eu novamente pergunto? E os meus escritos? Eu não uso paletas para gritar ao mundo as minhas decepções e sonhar que tudo possa melhorar, mas tenho em mãos os lápis que, deslizando nos papéis, me deixam mais tranqüilos.
Eu não consigo promover movimentos sobre o teclado, mas os faço nos cadernos em branco, e ali vou tecendo uma arte diferenciada, com toques de minha personalidade e dos meus pseudônimos. Eu não tenho a exata aptidão em um belo violão, mas a leitura dos meus escritos pós produção fazem o meu coração se rechear de alegria...
Então eu pergunto... Quem vê os meus escritos e os sente da mesma forma? Quem percebe este talento oculto em mime silencioso que produz com a mesma intensidade, valores imensuráveis. Quem dessa família já me cercou para ouvir não o teclado de Laysla, nem a guitarra de Rafael, mas para ouvir aquele poema de fim de ano? Quem? Quem está disposto a deixar penetrar no coração a preciosidade da literatura e suas mensagens mais essenciais. Quem conhece os cânones da Literatura Brasileira e consegue os relacionar comigo? Com aquilo que tenho produzido?
Quem são vocês familiares que tomados por dons abençoados não conseguem ver os meus escritos? Não os compreende. Não os aceita. Os meus escritos, ainda que eu os direcione para o “vazio”, são sempre construídos para um outro alguém, um outro olhar. Muitos podem se sentir melhor, se identificar com aquilo que um dia, resolvi transcrever para o papel depois de viver inexplicavelmente alguma situação.
Os meus escritos não serão JAMAIS melhores que as paletas, os cordões e as vozes, mas, serão piores? Desprezíveis? Quem não repara essa arte que corre em minha veia entra em uma contradição no que concerne a cultura, a arte, a vida.
Sem mais, os meus escritos querem ver vocês, querem ajudá-los. Os meus escritos querem transcender as gavetas do meu guarda-roupa, as paredes do meu quarto, desejam calorosamente transcender os papéis reaproveitados em que são inseridos.
Os meus escritos falam comigo quando terminados. E eu sei que toda essa vontade, é verídica.
Os meus escritos...
14h13min – 31 de outubro de 2011
Lucas Teles
Tua caminhada ainda não terminou....
A realidade te acolhe
dizendo que pela frente
o horizonte da vida necessita
de tuas palavras
e do teu silêncio.
Se amanhã sentires saudades,
lembra-te da fantasia e
sonha com tua próxima vitória.
Vitória que todas as armas do mundo
jamais conseguirão obter,
porque é uma vitória que surge da paz
e não do ressentimento.
É certo que irás encontrar situações
tempestuosas novamente,
mas haverá de ver sempre
o lado bom da chuva que cai
e não a faceta do raio que destrói.
Tu és jovem.
Atender a quem te chama é belo,
lutar por quem te rejeita
é quase chegar a perfeição.
A juventude precisa de sonhos
e se nutrir de lembranças,
assim como o leito dos rios
precisa da água que rola
e o coração necessita de afeto.
Não faças do amanhã
o sinônimo de nunca,
nem o ontem te seja o mesmo
que nunca mais.
Teus passos ficaram.
Olhes para trás...
mas vá em frente
pois há muitos que precisam
que chegues para poderem seguir-te.
Semeie os seus sonhos nesta terra seca. Isso! Nesta terra seca porque a chuva haverá de cair. Seus olhos, suavemente poderão sentir a presença das gotas, das belas gotas de água sobressaindo o excessivo calor. Sua pele irá logo perceber a presença das águas.
Cultive cautelosamente suas expectativas e, repare como a chuva já contribui para o crescimento daquelas plantas, outrora sementes. Elas crescerão. Haverão de crescer sem parar.
Agora passe colhendo aquilo que mais plantou de bom. Não se limite a imaginar que o calor medonho de antes irá um dia, sequer te prejudicar. O jardim mais bonito se faz quando ultrapassamos essas dificuldades climáticas. Entre secas e tempestades podemos, sim, semear, plantar com amor para posteriormente COLHER!
Uma mensagem de fé é, também, aquela que se vale de belas metáforas para, finalmente, alimentar o coração ou os corações. Então aqui estou cumprindo um dever. O de espalhar ao mundo que a terra pode ser produtiva mesmo com tantos obstáculos.
Lucas Teles às 15:36, do dia 03 de outubro de 2011
Aqui Onde se Espera Aqui onde se espera
- Sossego, só sossego -
Isso que outrora era,
Aqui onde, dormindo,
-Sossego, só sossego-
Se sente a noite vindo,
E nada importaria
-Sossego, só sossego-
Que fosse antes o dia,
Aqui, aqui estarei
-Sossego, só sossego -
Como no exílio um rei,
Gozando da ventura
- Sossego, só sossego -
De não ter a amargura
De reinar, mas guardando
- Sossego, só sossego -
O nome venerando...
Que mais quer quem descansa
- Sossego, só sossego -
Da dor e da esperança,
Que ter a negação
- Sossego, só sossego -
De todo o coração ?
A FELICIDADE
Tristeza não tem fim
Felicidade sim
A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve
Mas tem a vida breve
Precisa que haja vento sem parar
A felicidade do pobre parece
A grande ilusão do carnaval
A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento de sonho
Pra fazer a fantasia
De rei ou de pirata ou jardineira
Pra tudo se acabar na quarta-feira
Tristeza não tem fim
Felicidade sim
A felicidade é como a gota
De orvalho numa pétala de flor
Brilha tranqüila
Depois de leve oscila
E cai como uma lágrima de amor
A felicidade é uma coisa boa
E tão delicada também
Tem flores e amores
De todas as cores
Tem ninhos de passarinhos
Tudo de bom ela tem
E é por ela ser assim tão delicada
Que eu trato dela sempre muito bem
Tristeza não tem fim
Felicidade sim
A minha felicidade está sonhando
Nos olhos da minha namorada
É como esta noite, passando, passando
Em busca da madrugada
Falem baixo, por favor
Pra que ela acorde alegre com o dia
Oferecendo beijos de amor
Seje feliz do jeito que você é, não mude sua rotina pelo o que os outros exigem de você simplesmente viva de acordo com o seu modo de viver.
Bob Marley
Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar! Desconfie do destino, acredite em voocê! gaste mais horas realizando do que sonhando, fazendo do que planejando, VIVENDO do que esperando!
Caroline Tavares
É graça divina começar bem. Graça maior persistir na caminhada certa. Mas graça das graças é não desistir nunca.
Dom Hélder Câmara
O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher.
Cora Coralina (a dúvida há de passar!) =)
A rotina da garganta é o rock.
A rotina da mão é o toque.
Julieta é a rotina do queijo.
A rotina da boca é o desejo.
O vento é a rotina do assobio.
...A rotina da pele é o arrepio.
A rotina do caminho é a direção
A rotina do destino é a certeza.
Toda rotina tem a sua beleza.
Nynha Soares
Temperamento impulsivo
“Sou o que se chama de pessoa impulsiva. Como descrever? Acho que assim: vem-me uma idéia ou um sentimento e eu, em vez de refletir sobre o que me veio, ajo quase que imediatamente. O resultado tem sido meio a meio: às vezes acontece que agi sob uma intuição dessas que não falham, às vezes erro completamente, o que prova que não se tratava de intuição, mas de simples infantilidade.
Trata-se de saber se devo prosseguir nos meus impulsos. E até que ponto posso controlá-los. [...] Deverei continuar a acertar e a errar, aceitando os resultados resignadamente? Ou devo lutar e tornar-me uma pessoa mais adulta? E também tenho medo de tornar-me adulta demais: eu perderia um dos prazeres do que é um jogo infantil, do que tantas vezes é uma alegria pura. Vou pensar no assunto. E certamente o resultado ainda virá sob a forma de um impulso. Não sou madura bastante ainda. Ou nunca serei.”
Trata-se de saber se devo prosseguir nos meus impulsos. E até que ponto posso controlá-los. [...] Deverei continuar a acertar e a errar, aceitando os resultados resignadamente? Ou devo lutar e tornar-me uma pessoa mais adulta? E também tenho medo de tornar-me adulta demais: eu perderia um dos prazeres do que é um jogo infantil, do que tantas vezes é uma alegria pura. Vou pensar no assunto. E certamente o resultado ainda virá sob a forma de um impulso. Não sou madura bastante ainda. Ou nunca serei.”
Ideal de vida
“Um nome para o que eu sou, importa muito pouco. Importa o que eu gostaria de ser.
O que eu gostaria de ser era uma lutadora. Quero dizer, uma pessoa que luta pelo bem dos outros. Isso desde pequena eu quis. Por que foi o destino me levando a escrever o que já escrevi, em vez de também desenvolver em mim a qualidade de lutadora que eu tinha? Em pequena, minha família por brincadeira chamava-me de ‘a protetora dos animais’. Porque bastava acusarem uma pessoa para eu imediatamente defendê-la.
[...] No entanto, o que terminei sendo, e tão cedo? Terminei sendo uma pessoa que procura o que profundamente se sente e usa a palavra que o exprima.
É pouco, é muito pouco.”
O que eu gostaria de ser era uma lutadora. Quero dizer, uma pessoa que luta pelo bem dos outros. Isso desde pequena eu quis. Por que foi o destino me levando a escrever o que já escrevi, em vez de também desenvolver em mim a qualidade de lutadora que eu tinha? Em pequena, minha família por brincadeira chamava-me de ‘a protetora dos animais’. Porque bastava acusarem uma pessoa para eu imediatamente defendê-la.
[...] No entanto, o que terminei sendo, e tão cedo? Terminei sendo uma pessoa que procura o que profundamente se sente e usa a palavra que o exprima.
É pouco, é muito pouco.”
Escritora, sim; intelectual, não
“Outra coisa que não parece ser entendida pelos outros é quando me chamam de intelectual e eu digo que não sou. De novo, não se trata de modéstia e sim de uma realidade que nem de longe me fere. Ser intelectual é usar sobretudo a inteligência, o que eu não faço: uso é a intuição, o instinto. Ser intelectual é também ter cultura, e eu sou tão má leitora que agora já sem pudor, digo que não tenho mesmo cultura. Nem sequer li as obras importantes da humanidade.
[...] Literata também não sou porque não tornei o fato de escrever livros ‘uma profissão’, nem uma ‘carreira’. Escrevi-os só quando espontaneamente me vieram, e só quando eu realmente quis. Sou uma amadora?
O que sou então? Sou uma pessoa que tem um coração que por vezes percebe, sou uma pessoa que pretendeu pôr em palavras um mundo ininteligível e um mundo impalpável. Sobretudo uma pessoa cujo coração bate de alegria levíssima quando consegue em uma frase dizer alguma coisa sobre a vida humana ou animal.”
“Outra coisa que não parece ser entendida pelos outros é quando me chamam de intelectual e eu digo que não sou. De novo, não se trata de modéstia e sim de uma realidade que nem de longe me fere. Ser intelectual é usar sobretudo a inteligência, o que eu não faço: uso é a intuição, o instinto. Ser intelectual é também ter cultura, e eu sou tão má leitora que agora já sem pudor, digo que não tenho mesmo cultura. Nem sequer li as obras importantes da humanidade.
[...] Literata também não sou porque não tornei o fato de escrever livros ‘uma profissão’, nem uma ‘carreira’. Escrevi-os só quando espontaneamente me vieram, e só quando eu realmente quis. Sou uma amadora?
O que sou então? Sou uma pessoa que tem um coração que por vezes percebe, sou uma pessoa que pretendeu pôr em palavras um mundo ininteligível e um mundo impalpável. Sobretudo uma pessoa cujo coração bate de alegria levíssima quando consegue em uma frase dizer alguma coisa sobre a vida humana ou animal.”
Viver e escrever
“Quando comecei a escrever, que desejava eu atingir? Queria escrever alguma coisa que fosse tranqüila e sem modas, alguma coisa como a lembrança de um alto monumento que parece mais alto porque é lembrança. Mas queria, de passagem, ter realmente tocado no monumento. Sinceramente não sei o que simbolizava para mim a palavra monumento. E terminei escrevendo coisas inteiramente diferentes.”
“Não sei mais escrever, perdi o jeito. Mas já vi muita coisa no mundo. Uma delas, e não das menos dolorosas, é ter visto bocas se abrirem para dizer ou talvez apenas balbuciar, e simplesmente não conseguirem. Então eu quereria às vezes dizer o que elas não puderam falar. Não sei mais escrever, porém o fato literário tornou-se aos poucos tão desimportante para mim que não saber escrever talvez seja exatamente o que me salvará da literatura.
O que é que se tornou importante para mim? No entanto, o que quer que seja, é através da literatura que poderá talvez se manifestar.”
“Até hoje eu por assim dizer não sabia que se pode não escrever. Gradualmente, gradualmente até que de repente a descoberta tímida: quem sabe, também eu já poderia não escrever. Como é infinitamente mais ambicioso. É quase inalcançável”.
“Não sei mais escrever, perdi o jeito. Mas já vi muita coisa no mundo. Uma delas, e não das menos dolorosas, é ter visto bocas se abrirem para dizer ou talvez apenas balbuciar, e simplesmente não conseguirem. Então eu quereria às vezes dizer o que elas não puderam falar. Não sei mais escrever, porém o fato literário tornou-se aos poucos tão desimportante para mim que não saber escrever talvez seja exatamente o que me salvará da literatura.
O que é que se tornou importante para mim? No entanto, o que quer que seja, é através da literatura que poderá talvez se manifestar.”
“Até hoje eu por assim dizer não sabia que se pode não escrever. Gradualmente, gradualmente até que de repente a descoberta tímida: quem sabe, também eu já poderia não escrever. Como é infinitamente mais ambicioso. É quase inalcançável”.
Viver plenamente
“Eu disse a uma amiga:
— A vida sempre superexigiu de mim.
Ela disse:
— Mas lembre-se de que você também superexige da vida.
Sim.”
— A vida sempre superexigiu de mim.
Ela disse:
— Mas lembre-se de que você também superexige da vida.
Sim.”
Um vislumbre do fim
“Uma vez eu irei. Uma vez irei sozinha, sem minha alma dessa vez. O espírito, eu o terei entregue à família e aos amigos com recomendações. Não será difícil cuidar dele, exige pouco, às vezes se alimenta com jornais mesmo. Não será difícil levá-lo ao cinema, quando se vai. Minha alma eu a deixarei, qualquer animal a abrigará: serão férias em outra paisagem, olhando através de qualquer janela dita da alma, qualquer janela de olhos de gato ou de cão. De tigre, eu preferiria. Meu corpo, esse serei obrigada a levar. Mas dir-lhe-ei antes: vem comigo, como única valise, segue-me como um cão. E irei à frente, sozinha, finalmente cega para os erros do mundo, até que talvez encontre no ar algum bólide que me rebente. Não é a violência que eu procuro, mas uma força ainda não classificada mas que nem por isso deixará de existir no mínimo silêncio que se locomove. Nesse instante há muito que o sangue já terá desaparecido. Não sei como explicar que, sem alma, sem espírito, e um corpo morto — serei ainda eu, horrivelmente esperta. Mas dois e dois são quatro e isso é o contrário de uma solução, é beco sem saída, puro problema enrodilhado em si. Para voltar de ‘dois e dois são quatro’ é preciso voltar, fingir saudade, encontrar o espírito entregue aos amigos, e dizer: como você engordou! Satisfeita até o gargalo pelos seres que mais amo. Estou morrendo meu espírito, sinto isso, sinto...”
“Uma vez eu irei. Uma vez irei sozinha, sem minha alma dessa vez. O espírito, eu o terei entregue à família e aos amigos com recomendações. Não será difícil cuidar dele, exige pouco, às vezes se alimenta com jornais mesmo. Não será difícil levá-lo ao cinema, quando se vai. Minha alma eu a deixarei, qualquer animal a abrigará: serão férias em outra paisagem, olhando através de qualquer janela dita da alma, qualquer janela de olhos de gato ou de cão. De tigre, eu preferiria. Meu corpo, esse serei obrigada a levar. Mas dir-lhe-ei antes: vem comigo, como única valise, segue-me como um cão. E irei à frente, sozinha, finalmente cega para os erros do mundo, até que talvez encontre no ar algum bólide que me rebente. Não é a violência que eu procuro, mas uma força ainda não classificada mas que nem por isso deixará de existir no mínimo silêncio que se locomove. Nesse instante há muito que o sangue já terá desaparecido. Não sei como explicar que, sem alma, sem espírito, e um corpo morto — serei ainda eu, horrivelmente esperta. Mas dois e dois são quatro e isso é o contrário de uma solução, é beco sem saída, puro problema enrodilhado em si. Para voltar de ‘dois e dois são quatro’ é preciso voltar, fingir saudade, encontrar o espírito entregue aos amigos, e dizer: como você engordou! Satisfeita até o gargalo pelos seres que mais amo. Estou morrendo meu espírito, sinto isso, sinto...”
Textos extraídos do livro Aprendendo a viver, Clarice Lispector. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2004.