No mundo empresarial o estresse, a soberba e a arrogância
possuem assento preferencial.
No
mundo acadêmico as pessoas valem o que o currículo diz que elas valem. Quanto
mais títulos, mais dignidade, mais destaque.
No
mundo dos adultos o espaço para sorrisos é estreito demais, olhar pra lua e
apreciá-la é perder tempo. Tudo é feito com muita pressa, por vezes sem
significado, sem sentido.
No
mundo das relações adultas as pessoas mais se ferem se armam se diminuem do que
qualquer outra coisa.
No
mundo dos adultos as exigências sociais eliminam as cores. Elas deixam tudo em
preto e branco e os adultos se tornam pessoas livres, presas em suas próprias
histórias. As quais são recheadas de sonhos, de vontades, de coisas legais.
O
mundo de quem é grande não é nunca foi e jamais será fácil.
Mas
aqui, há amor. No mundo da infância os olhos brilham de verdade por qualquer
coisa simples e diferente que surge. No mundo dos pequeninos o julgar
praticamente inexiste, porque ao mesmo tempo em que brigam se reconciliam, ou
até mesmo se esquecem da “briguinha”. Eles, os pequeninos, são companheiros
inseparáveis e compartilham uns com os outros, uma parte preciosa da vida que
só deixa saudades e que não volta nunca mais... A infância!
No
mundo de quem ainda fala “emboladinho”, de quem ainda não consegue amarrar o
próprio calçado, de quem ainda precisa de apoio pra escovar os dentes, tomar
banho e outras coisas mais, neste mundo que agora nos é longínquo, há uma
valorização da vida que nos falta enquanto adultos. Eles sabem fazer poesia em
cada dia que acordam. Fazem tudo diferente da gente e o cansaço se deve apenas
às brincadeirinhas na escola, no parque ou às subidas nas árvores das vovós.
A
infância é o terreno dos sonhos. É o terreno das conquistas. Eles, os
pequeninos, vão se desenvolvendo com autonomia. Até que um dia, bem, não é
necessário aqui descrever. Porque neste instante podemos simplesmente fechar
nossos olhos, segurar fotos antigas, ouvir uma cantiga de roda e nos lembrarmos
com gosto bom na boca de nossa maravilhosa vida infantil onde tudo tinha cor,
verdade e amor.
Lucas, às 17h29min do dia 6 de setembro
de 2016.
Fotos: Semente Blogger (https://www.facebook.com/sementedoqueaindavirafotografias/)