Via Semente - Curativo

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Como chegar a um local tremendamente desconhecido, a gente nunca sabe o que vai acontecer após o primeiro olhar, o primeiro beijo. De fato a nossa mente vaga pelos territórios mais calorosos, aqueles cheinhos de amor com direito a lugares especiais, filmes e pipoca.
Acontece que nem sempre os passeios estão regulares. Qualquer passo em falso pode resultar em uma dolorosa queda. E assim acontece com nossos corações ingênuos. Nós desenvolvemos os sentimentos primeiramente para posteriormente conhecermos os caminhos. Os trajetos mais recheados de irregularidades e desafios.
E ainda por cima fui extremamente ousado a partir do momento em que deixei a minha intuição de lado. A gente sabe, em diversas circunstâncias, que na esquina algum perigo pode surgir. E é dentro de nós mesmos que devemos optar por outro caminho. Correr, voltar alguns passos, tomar todo o cuidado necessário para não nos ferirmos.
Mas as coisas não são assim. Elas são mesmo diferentes na prática e a gente acaba cedendo. A gente acaba indo na onda como se em algum instante aquilo fosse mudar. Fosse melhorar. Porque dentro de nós mantém-se firme um sentimento tal, que nos cega. Que nos deixa sem imunidade alguma. E aí se abrem feridas profundas. Talvez irreversíveis.
Tornamos-nos pessoas frias. Não conseguimos por vontade própria realizar as chamadas, sustentando as conversas. Ficamos impossibilitados de elaborar aquelas mensagens melosas do tipo, “saudade de você” mesmo sem ter visto a pessoa há um minutinho que seja. Ao vê-la não conseguimos expressar aquela emoção do encontro. Aquela coisa que faz o coração se mexer desesperadamente e sem cessar. Daí tudo vira motivo para o “basta”. E o que acontece? O sujeito passa a demonstrar o que você sentiu lá atrás. Há muito tempo atrás! E tudo se esfria tudo se perde e nenhuma ação bem calculada que seja, e totalmente enfeitada, consegue reconstruir o cenário.
Deixei meus últimos vestígios de amor por onde passei. Troquei a paciência pela ansiedade. É como se eu pudesse realmente sentir que perdi muitos dos meus dias, insistindo em algo que não teria retorno em hipótese alguma. Algo mencionado pela minha intuição em pouco tempo de relacionamento. A gente erra, não apenas com as pessoas, mas principalmente, com a nossa própria essência. E o tempo que se fez perdido não volta. Ele apenas vai te mostrando por meio das avulsas lembranças, o quão frágil você se manteve.
E é preciso agir. Levantar! Muitas pessoas são merecedoras da verdade que existe dentro de você, ao passo que muitas outras não se encaixarão ao que você é. Ao que você representa. E não há nada de mais natural na vida do que isso. E quando você aprende a fazer o curativo, você vai se permitindo a um processo constante de regeneração e passa a entender que, mais uma vez, você é merecedor da FELICIDADE!


Lucas Teles, às 17h37min do dia 19 de julho de 2016.

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